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A pele é o mais profundo

[English version bellow]

2016, Museu da Moda/ MUMO (Centro de Referência da Moda),

Belo Horizonte, Brasil

“A Pele é o mais profundo”, da artista visual Lis Haddad, traz à tona marcas da existência. A mostra exibe peças de arte joalheria inspiradas em relatos íntimos de seis personagens junto ao registro do processo criativo.


A exposição parte de singularidades dos corpos de pessoas entrevistadas pela artista durante o processo criativo, que contribuíram com relatos sobre marcantes experiências de vida.


Entre as histórias coletadas, há exemplos do registro da dor no rosto de quem perdeu uma pessoa querida, semelhanças físicas entre pai e filho e cicatrizes. 


As narrativas e o efeito que elas causaram na artista conduziram a produção das obras de arte joalheria. “As peças materializam e extrapolam a identificação destas marcas do corpo quando interagem com o meu olhar”, afirma.
Após a produção, Lis fotografou os seis narradores usando as peças criadas com materiais diversos, que vão do fio de ouro, passando pela argila, raiz, papel e tecido.


As imagens e as peças são expostas ao lado de outros registros do processo criativo, no entanto, nenhuma história é revelada por completo, cabendo ao visitante formar sua própria memória a partir na interação com os elementos expostos.


Lis Haddad destaca que a arte joalheira não se prende à usabilidade ainda que a própria tipologia do objeto carregue a ideia de vestir, não há preocupação em desenvolver peças ergonômicas e usuais. “O corpo é um símbolo de existência
onde toda vivência é registrada. É ele, também, o lugar de suporte da joalheria. Ao ampliar o olhar para a produção das peças, busco brechas a serem ocupadas por novas poéticas ao invés da conhecida sedução imediata dos adornos”, revela.


De caráter intimista, a exposição é resultado da vivência de Lis Haddad como ourives e de uma extensa pesquisa, iniciada em 2007, Tato, intimidade, relações, corpo, caminhos singulares de expressão, tempo e memória; é disso que se trata"

Val Prochnow, Jun/2016

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"Skin is the Deepest," by visual artist Lis Haddad, brings to light marks of existence. The show displays jewelry art pieces inspired by intimate accounts of six characters along with the record of the creative process.

The exhibition starts from singularities of the bodies of people interviewed by the artist during the creative process, who contributed with stories about remarkable life experiences.

Among the stories collected, there are examples of the register of pain on the face of someone who lost a loved one, physical similarities between father and son, and scars. 

The narratives and the effect they had on the artist led to the production of the jewelry artworks. "The pieces materialize and extrapolate the identification of these body marks when they interact with my gaze," she says.


After production, Lis photographed the six storytellers wearing the pieces created with diverse materials ranging from gold wire to clay, root, paper, and fabric.

The images and the pieces are displayed alongside other records of the creative process, however, no story is revealed in full, leaving it up to the visitor to form his or her own memory from the interaction with the elements on display.

Lis Haddad highlights that the jewelry art is not attached to usability even though the very typology of the object carries the idea of dressing, there is no concern in developing ergonomic and usual pieces. "The body is a symbol of existence where every experience is registered. It is also the support place of jewelry. By broadening the look for the production of the pieces, I seek breaches to be occupied by new poetics instead of the known immediate seduction of adornments", she reveals.

With an intimate character, the exhibition is the result of Lis Haddad's experience as a goldsmith and of an extensive research, started in 2007, Tact, intimacy, relationships, body, singular ways of expression, time and memory; that's what it is about".

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