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Over (the) mine

[English version bellow]

2022, Ebenböckhaus, Munique/ Alemanha

Artistas:

Isadora Canela

Lis Haddad

Thais Machado

Texto curatorial

"Em uma mistura de homenagem e manifesto, a exposição 'Over (the) mine' convida o público a reagir às profundezas sombrias da mineração e, a partir daí, redesenhar os mapas de destruição para abrir espaços para outras realidades. espaços para outras realidades.

 


Em 25 de janeiro de 2019, trabalhadores reunidos no refeitório da empresa, vizinhos conversando na porta do quintal, famílias reunidas para comemorar a recém-anunciada chegada de um novo filho.

 

Naquele interior de Minas Gerais, em Brumadinho, Brasil, sem nenhuma sirene ou aviso prévio, a terra treme. Gigantesca, a barragem do Córrego do Feijão se rompeu impetuosamente, formando um tsunami de lama tóxica que em poucos minutos soterrou os sonhos, os amores, as vidas de 272 pessoas e 133,27 hectares de vegetação nativa da Mata Atlântica.

Uma história que se repete. Em 2015, na cidade de Mariana, a mesma região viu a lama tóxica da mineração destruir o Rio Doce, o principal rio da região sudeste do país, em um dos maiores desastres ambientais do mundo. Não há grito ou palavra ou imagem, não há obra de arte, não há Deus de nenhuma religião; não há nada no mundo que possa medir o tamanho dessa dor. Não foi um acidente.

Desenvolvidas especialmente para Munique, as obras chegam ao público da cidade que sedia o julgamento de um dos mais graves crimes humanos e ambientais da história contemporânea.

A empresa que garantiu a segurança da barragem está sediada em Munique e atualmente nega sua responsabilidade. Além disso, grandes bancos alemães estão investindo atualmente em empresas de mineração que estão liderando conflitos ambientais e humanos no Brasil.

Apesar das distâncias físicas e simbólicas, as decisões tomadas aqui atualizam a era do colonialismo, afetando diretamente outros territórios.

Que acabem as minas, e não as vidas. A exposição convoca os aliados a semearem novas paisagens possíveis." 

Junho de 2022

...

Curatorial text

"The foundations of the society lies on the notion of mine. As explored territory and also a materialization of the self, "mine" is the center of a capitalistic structure and its standards.

In a mixture of tribute and manifesto, the exhibition invites the public to react on the dark depths of mining and from there redesigning the maps of destruction to open up
spaces for other realities.

January 25, 2019, workers gathered in the cafeteria, neighbors chatting at the backyard door, families gathered to celebrate the recently announced arrival of a new child. In
that interior of Minas Gerais, in Brumadinho, Brazil, without any siren or prior warning the earth shakes. Gigantic, the Córrego do Feijão dam impetuously burst, forming a tsunami of toxic mud that in a few minutes buried the dreams, the loves, the lives of 272 people and 133.27 hectares of native Atlantic Forest vegetation.

A story that repeats itself. In 2015, in the city of Mariana, the same region saw the toxic mining sludge destroy the Rio Doce, the main river of the southeastern region of the country, in one of the biggest environmental disasters in the world.There is no cry or word or image, no work of art, no God of any religion; there is nothing in the world that can measure the size of this pain. It was not an accident.

Developed especically for Munich, the works reach the public in the city that hosts the trial of one of the most serious human and environmental crimes in contemporary history.

The company that ensured the safety of the dam is based in Munich and currently denies its responsibility. Furthermore, large German banks are currently investing in mining companies which are leading environmental and human conflicts in Brazil.

Despite the physical and symbolic distances, the decisions taken here updated the colonialism era, directly affecting other territories.

 

May the mines be over, and not the lives. May the selfish idea of what is "mine" change.The exhibition calls allies to sowing new possible landscapes."

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